O Planeta Cafee é um blog de "distração". Apesar da predominância em Marketing - minha formação - tenho como foco criar um acervo de textos que desfoquem o leitor do fuzilamento de informações tristes e pesadas do dia a dia. Bovespa, Nasdaq, Oriente Médio, Enriquecimento de Urânio, Engarrafamento na Ponte, Chacina... são temas proibidos aqui dentro. Caso tenha alguma sugestão, por favor, me envie para joaopaulo@youngmedia.com.br
Eu adoro mulher pelada
O poder da Informação
. Um paralelo ao vídeo de Valdez Ludwig
Na crise o dinheiro não some, não se joga fogo nas notas, mas que ele “muda de donos”. No vídeo WL faz um comparativo muito sábio com a Revolução Industrial... o homem substituído pela máquina. Isso seria o fim? Ou quando o homem se viu encurralado, passou a perceber que precisava se aprimorar para dominar mais e mais as máquinas e se destacar no novo conceito?
O mesmo poderíamos dizer da tão sonhada “globalização”. Quantos de nós parou para pensar na quantidade de pessoas que perdeu seus empregos com a globalização? Esta sim foi uma das principais revoluções da estória. Vamos pegar exemplos simples e claros... uma média ou grande empresa possuía um departamento enorme de digitadoras e cada executivo possuía a sua própria secretária... este executivo nem sabia digitar... hoje ele digita, ele confirma suas reuniões com um grupo ilimitado de pessoas em um simples clique em seu “Outlook”... viagens não são imprescindíveis para fechar um bom negócio, as reuniões podem ser feitas através de conferências e estas tecnologias são gratuitas, seja através do MSN, do SKYPE ou qualquer outro tipo de chat.
Será que os hotéis sofreram muito com esta globalização, afinal de contas tinham grandes executivos sempre em suas unidades? Ou será que os bons a aproveitaram para apresentar melhor seus diferenciais, a buscar novos nichos, àqueles executivos passaram a pensar em lazer e vice versa.
E se pensarmos nas pobres datilógrafas que perderam seus empregos... será que foram para casa sofrer e esperar por suas mortes ou passaram a se especializar em novos universos? Hoje temos faculdades de Secretariado... não se formam simples secretárias, mas sim secretária de altíssimo gabarito e melhor do que muitos administradores do mercado... capazes até de substituir temporariamente a liderança de seus próprios líderes... O vendedor morreu há muito tempo... ele se tornou “consultor”. A pessoa não vende “plano de saúde”, ele estuda o cliente, seu perfil, sua renda, a idade de seus familiares, o local onde ele mora e lhe oferece o plano ideal, que “cabe no seu bolso” e que contempla hospitais na cercania.
Os maiores causadores do desemprego são: a falta de capacitação das pessoas e o próprio recrutamento... lembra da máxima do “cada macaco no seu galho”? No não passado ela chegou a ser substituída por “cada um no seu quadrado” e é exatamente isso... quem deve recrutar são empresas de recrutamento, profissionais especializados, capacitados a analisar o perfil do candidato... impressionante como ainda existem empresas que acreditam que podem selecionar por si só seus profissionais... deixam de lado seu foco e passam a se atrapalhar todos em um processo, para estes tão complexo e para outros, mero cotidiano. E quando paro para analisar, a grande maioria destas empresas tem como advogado seus próprios contadores... aí já viu né?!
O seu avô, sapateiro artesanal, diante da crise, se tornou elemento de uma industria, com a singela obrigação de martelar solas... aquilo que lhe era a vida, ou seja, o produto personalizado, pensado, estaria morto? Ou ele apenas não soube se especializar?! Hoje ainda existem inúmeros “sapateiros artesanais”, os “designers da moda”... estilistas... e vão muito bem... isso porque eles sabem muito bem aonde se localizar, como atingir seu público alvo, como tratar cada um deles e tudo mais.
Vamos fazer uma breve análise... quantos estilistas têm loja na Barra da Tijuca? Estilistas de roupas, ou mesmo bolsas e sapatos? O Barrashopping tentou inserir um núcleo de “alta moda” mas está em vias de extingui-lo... na ilha onde ficavam “Antonio Bernardes”, “Glorinha Kalil” e etc... hoje ficam lojas como “Essencial” e etc...
O bairro então criou um shopping para atingir este público... o Rio Design Barra... muito legal, muito bonito, mas convenhamos que virou ícone em “ótimo cinema para os sábados” por estar sempre muito mais vazio.
Como diria Milton Nascimento: “O artista tem que ir aonde o povo está”... Nada mais, nada menos do que estudar o seu mercado, se adaptar e falar a língua do seu público. Para quem tem mais de 30 anos, sabe muito bem que roupas da Hering já significaram roupas para pessoas de baixa renda... a indústria estava muito abalada e qual foi a sua estratégia para o topo? Estratégia! Pesquisas... chegou-se a conclusão que precisava mexer em sua qualidade e se virar mais para o público teen... hoje tem loja nos principais shoppings das principais cidade brasileiras.
No mundo dos artistas é muito comum vermos o quanto a informação e o conhecimento fazem toda a diferença. Quem era Pollok antes de ser intermediado por uma pessoa que tinha conhecimento do mercado, que tinha espaço para mostrar suas obras? Quem eram os jogadores de sucesso hoje antes de serem descobertos pelos “olheiros” da bola??
Interessante também observarmos o que WL fala sobre o “achatamento das hierarquias”... o presidente era alguém tão inatingível, tão lá “em cima” que funcionários de escalas menores não conheciam nem sua própria voz. Hoje os presidentes raramente se intitulam “presidente”, suas nomenclaturas são estratégicas já para se gerar acessibilidade... hoje você vai ao Wall Mart e ao lado da entrada existe uma pequena caixa acrílica com a chamada “Fale com o presidente”... é impressionante, mas aquele material é colhido e entregue nas mãos do presidente nacional da companhia.
Há uns meses um grande amigo meu foi me visitar na Young Media... Ele estava me aguardando e eu passei rapidamente por ele, lhe dizendo que eu teria que servir café em uma reunião que estava acontecendo na sala ao lado. Ele ficou com uma cara meio assustadae definitivamente não entendeu nada quando passei segurando uma bandeja de prata “super chique” e indo levar duas xícaras de café... passei por ele e servi o cliente e minha funcionária que estava fazendo o atendimento. O próprio cliente que já tinha “pescado” o que eu deveria representar para a empresa ao tratar com os funcionários levou um susto e o indagou de forma bem educada... “você me desculpe, mas você está nos servindo o café... eu ví você entrando ali na sala da diretoria, passando ordens pro seu pessoal, sendo consultado por todos...” minha resposta foi clara e objetiva “na qualidade de líder dessa empresa eu tenho que dar as ferramentas pra que minha equipe atinja seus resultados... nosso copeiro saiu para ir ao banco, quando eu lhe vi e percebi isso, corri logo para te servir café”. Preciso dizer que aquele cliente fez uma compra enorme? Esse é, sem dúvida, um dos nossos grandes diferenciais: “liderança servidora”.
“Estratégia, qualidade, inovação”... Vamos fazer aquilo que dominamos, aquilo que somos peritos sem deixar de estudar o mercado sempre. Hoje somos peritos em um assunto, porém amanhã tudo pode mudar... para isso devemos ser ágeis, versáteis e jamais termos uma estratégia “engessada”.
Antigamente ouvia-se muito falar da estratégia do ano para a empresa... depois passou a se falar da estratégia da estação... hoje fala-se em estratégia macro e estratégia curto prazo. Isso gera mobilidade para a empresa. Estes três pilares ditos anteriormente e muito bem tratados pelo WL devem estar sempre juntos... pois em um case de fracasso podemos ser ricos em um e ainda assim fracassarmos. Um exemplo disso está na estratégia, creio que na década de 70, da entrada da GE em um mercado asiático, se não me falha a memória o Japão. O produto que eles levariam tinha uma qualidade extraordinária, as cafeteiras da moda, sua estratégia de mídia era sensacional... porém não pesquisaram o mercado, levaram as mesmas cafeteiras produzidas dos EUA para lá e em poucos meses a empresa estava saindo do país. As vendas foram medíocres... quando foram estudar o insucesso, chegaram a conclusão que a falta de pesquisa levou-os ao fracasso por um motivo tão óbvio... as mãos das japonesas são menores e por isso elas tinham dificuldade em pegar as cafeteiras, feitas para mãos ocidentais... ou seja, o projeto não vingou.
Um exemplo contrário, de sucesso, temos a Microsoft. Uma excelente estratégia de divulgação do seu Windows 98... parcerias de sucesso com empresas de hardwares... produto de qualidade e, dentre outros toques de inovação, àquele que mais chamou minha atenção... lançou o produto como “beta” e o próprio mundo testaria respondendo com seus “bugs”, tendo a possibilidade de dar download em atualizações e ajustes, de forma gratuita. Como seria o seu ambiente de trabalho?? Até piscina olímpica eles têm.
WL nos fala da força virtual e da escassez do físico... isso me faz lembrar da estratégia de salvação do Submarino em sua loja online. Ainda no início das suas atividades, a empresa verificou que as suas vendas estavam muito ruins... inúmeros estrategistas foram contratados, até que um deles falou que estava faltando o lado “humano” na “coisa”... a empresa colocou então um serviço de 0800 (ligações gratuitas). As vendas então dispararam... as ligações nem tanto, mas apenas por saber que havia alguém do outro lado, já foi suficiente.
Ainda neste texto falamos sobre as datilógrafas que perderam os seus empregos... WL nos fala do poder do feminino e isso não pode jamais ser esquecido. A mulher hoje já alcançou a sua vaga, mesmo ainda encontrando alguma oposição daqueles homens que tem medo de sua “sombra”, não podemos deixar de pensar em quem é a mulher nos negócios, sociedade e família. O homem acorda, vai pro trabalho, volta pra casa, liga a televisão, janta e dorme... a mulher acorda mais cedo, prepara as crianças para a escola, faz a sua merendeira, vê se tem almoço para quando a criança chegar e sai pro seu trabalho... durante o dia ela ainda acha tempo para fazer as suas unhas “matando” seu almoço, volta para casa, prepara o jantar, confere as lições do filho, janta, lava a louça, arruma a cozinha e a mesa de jantar e vai dormir. Quem desses dois, caso digamos se tratar de um casal, foi mais versátil? Quem destes dois está mais preparado para interferências da vida?
Eu concluiria o meu pensamento da seguinte forma... o emprego não acabou... ele simplesmente mudou! A digitadora virou uma grande secretária bilíngüe, uma instrutora de novas plataformas tecnológicas... o funcionário que recebia cartas e as distribuía dentro da empresa virou Office boy... o hotel que recebia executivos, hoje vende espaço para eventos, recebe turistas e tudo mais.
Por isso, eu repito o que WL disse com peito estufado... a criatividade move paredes, quebra paradigmas... ao dizer isso, não posso deixar de me lembrar dos “regadores de pés” do nordeste, dos “locadores de minutos de orelhão” do norte... estes não morrem de fome, porquê a tristeza está apenas naqueles que se entregam ao fracasso de trabalhar na forma de dever e não na forma de prazer.
Crise x Criatividade
Well Come Maguila
Em primeiro lugar eu gostaria de dizer o porquê desse nome... o mundo tá tão maldoso que é praticamente impossível você se reunir com os amigos, conversar e não ser zoado por alguma expressão de "duplo sentido"... então pra não dizer que escrevi sem perceber alguma destas ao longo do meu BLOG, preferi já começar com a principal delas.
Em segundo lugar o porquê o BLOG... durante anos da minha vida eu comecei um livro... o "Livro da minha vida"... eu já comecei este livro pelo menos umas 30 vezes e nunca terminei... quando estava com vontade de continuar ele não estava acessível e por isso acabei deixando de lado. Por mais que fosse sacaneado por meus amigos, eu tive um diário por muitos anos... mas vai entender... "Diário é coisa de fresco e BLOG não?!" Não que eu ache, senão não teria tido um por tantos anos... mas o que eu quero dizer é que as pessoas perdem um pouco o critério em nome da modernidade... pra dizer que "está na moda".
Estar na moda é ter argumentos... saber o que dizer, no momento certo... deixar para dizer qualquer besteira a qualquer hora apenas depois de uma cerveja, mas...
Por que Jonny Quivers?
Em primeiro lugar e não mais importante, eu gostaria de explicar o porquê dos nomes do meu Blog... um único blog com dois nomes... o do endereço "Jonny Quivers" se deve a um apelido bastante antigo que eu recebi de um amigo meu há muitos anos... há quase 10 anos a frente da agência que direciono - Young Media - e já tendo participado efetivamente do processo de "Naming"* de mais de 40 empresas, deixo aqui o ícone dos apelidos.
Todos gostam de dar apelidos, ou ao menos se não o dizem, pensam... e àqueles que são criativos a idéia se desenvolve para o bem, aos que se utilizam do apelido para ofensa, deixo aqui o meu desprezo... mas o apelido que este amigo me deu em 1998 teve um desenvolvimento muito interessante... o apelido nasceu como JONNY, uma vez ser o meu nome João... os dois "N" sem o "H" foi uma adaptação minha - confesso - por simples vaidade e nada numerológico... depois de alguns meses o apelido ganhou o seu primeiro grande "aditivo", o nome QUIVERS... ficando então JONNY QUIVERS... depois de mais alguns meses o apelido se transformou em JONNY QUIVERS THE LUCCA GUTEMBERG III... muita criatividade prum ser humano só, né?! O dono do criação, Alexandre... em contrapartida, por gostar muito de teatro (digo muito ao extremo, ao inimaginável) seu apelido - dado por mim - virou PEÇA... e ao longo do tempo de convivência, por ser uma pessoa muito "PRÓ-PLANETA" virou logo PEACE e de peace, nasceu o seu sobrenome ON EARTH... PEACE ON EARTH.
Dada a explicação inútil do apelido que foi abolido assim que o seu criador sumiu para outra cidade, vale contar um momento muito interessante em que estávamos indo para a festa na casa de uma amiga nossa e o porteiro lhe perguntou o seu nome... ele disse, sou eu, Alexandre e o JONNY QUYIVERS THE LUCCA GUTEMBERG III... qual não foi nossa surpresa ao sermos anunciados pelo nordestino "recém-chegado" como: "Dona Isa, seu Terceiro e um amigo tão subinu"